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2 de outubro de 2020

O DILEMA DAS REDES: 5 Lições que podemos tirar do documentário

2 de outubro de 2020

O DILEMA DAS REDES: 5 Lições que podemos tirar do documentário

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Não seria nenhuma surpresa se você abandonasse de vez as redes sociais ou, pelo menos, restringisse o tempo que passa na internet depois de assistir ao documentário: “O Dilema da Redes”, disponível na Netflix. O filme do diretor americano Jeff Orlowski conta com a opinião de especialistas que vivenciaram de perto a ascensão das grandes empresas do Vale do Silício e faz um alerta: as redes sociais podem ter um impacto devastador sobre nossa vida. 

Ao mesmo tempo que é fascinante descobrir um pouco mais sobre o funcionamento das redes que tanto amamos, o filme trata de assuntos pesados e consegue ser um tanto quanto assustador. 

Para ajudar você a absorver melhor todo o conteúdo do documentário e entender todas as questões que ele aborda, separamos um conteúdo de primeira, com algumas lições importantes, que percebemos ao longo do filme. Continue a leitura e confira. 

5 lições aprendidas com o documentário

O documentário “O Dilema das Redes”, disponível na Netflix, mostra os inúmeros efeitos prejudiciais que as redes sociais exercem sobre nós. Ao olhar em volta, percebemos o quanto somos “manipulados” por esse sistema, e ouvir isso de ex-funcionários de empresas renomadas, como Google, Twitter, Facebook e Instagram, apenas reafirma nossa dependência e serve como um alerta. 

Para ajudar você a refletir sobre o assunto, abordado no documentário, e reavaliar o uso constante das redes sociais, separamos 5 lições que aprendemos com o “O Dilema das Redes”

Se somos todos viciados, pelo menos seremos viciados conscientes, certo?! Se é que tem que como… rsrs  

1. Se você não paga por um produto, você é o produto!

É estranho dizer isso, mas pode acreditar. Quando você não paga efetivamente por um produto na internet, o “produto” é você. É o chamado “capitalismo de vigilância”. 

Você já se perguntou qual a principal fonte de renda desses serviços “gratuitos”, como as redes sociais? Ao assistir ao documentário, descobrimos que é a publicidade. Mas, isso não significa que você não paga por eles. Pelo contrário, você está pagando com algo mais valioso que o dinheiro: seu tempo e as suas informações pessoais. 

É possível analisar seu comportamento, gostos e informações como, idade, sexo, localização e outros inúmeros detalhes sobre sua vida. A cada interação em alguma dessas plataformas, deixamos um rastro, possibilitando que as redes façam uma segmentação de todos os usuários, oferecendo aos seus anunciantes um público-alvo preciso, com base em sua rotina e gostos. 

Em resumo: Toda publicidade que aparece para você, definitivamente, não é aleatória. Se está no seu feed, é porque você faz parte do público-alvo desta campanha. 

2. Fake News se espalham 16x mais rápido

Uma pesquisa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) prova que Fake News se espalham 16 vezes mais rápido do que uma notícia verdadeira no Twitter. De acordo com a pesquisa, “ao analisarmos a dinâmica de difusão de rumores, descobrimos que os falsos se difundiram, mais rápido, mais profundamente e mais amplamente do que os verdadeiros”. 

Isso acontece porque as pessoas tendem a compartilhar mais informações “inusitadas” ou aparentemente inéditas. O fator “novidade” é muito influente no meio digital e isso mostra que as mídias têm poder de manipular eventos, opiniões e podem até mesmo, influenciar eleições, como é mostrado no documentário. 

3. As redes sociais criaram uma geração deprimida e ansiosa

Essa é uma das lições mais assustadoras. Preparados? 

O pesquisador Jonathan Haidt, PHD em psicologia social, relaciona o aumento dos índices de suicídio entre adolescentes com o uso frequente das redes sociais. 

No documentário é levantando o seguinte questionamento: quando o assunto é televisão, tudo é regulamentado. Mas, na internet, você está exposto à diversas propagandas a todo momento. Será que isso nos faz bem? 

Além de toda publicidade, nas redes sociais, também estamos em contato com centenas de milhões de usuários, que postam somente sucesso e felicidade – afinal, quase ninguém publica quando algo não sai como o planejado ou quando está triste, por exemplo.  

O contato com essa ostentação de alegria e perfeição afeta nossa percepção de autoimagem. E assim, começamos a enxergar apenas defeitos, tanto físicos, quanto relacionados à status e posses. Essa constante comparação pode gerar nos adolescentes um receio de encarar riscos e um isolamento social, que com o tempo desencadeia transtornos mentais como, depressão e ansiedade. 

4. Reconhecemos o perigo das redes, mas não admitimos o vício

Já se perguntou por que passamos tanto tempo nas redes sociais, apenas rolando o feed? No documentário, um menino pensa que fica apenas de 20 a 30 minutos na rede, mas quando vê o tempo de atividade, nota que ficou 6 horas no Instagram, por semana. 

Por que isso acontece? Mesmo tendo noção do uso excessivo, é difícil parar de usar as redes sociais.  Navegar e estar conectado se torna um vício e diminuir o tempo de atividade é complicado, pois essa redução causa uma queda de dopamina, o hormônio da recompensa que influencia o nosso humor e emoções. 

Parece loucura, né? Como uma rede social consegue toda essa influência sobre nós? Mas, isso é real e está cada vez mais presente no nosso dia a dia. 

As pessoas não admitem o vício, acham que estão no controle. No entanto, é nítido a resistência para assumir que há uma dependência de estar conectado online, e isso é preocupante. 

5. O algoritmo não trabalha a favor dos usuários

Por fim, as pessoas insistem em acreditar que o algoritmo trabalha a favor delas. Mas, a verdade é que ele trabalha a favor dos anunciantes. 

Os usuários são vistos apenas como produtos leiloados para os anunciantes que mais têm mais a ver com eles e seus interesses. Além disso, o algoritmo trabalha coletando “ruídos de interesse”, manipulando e cruzando esse rastro, entre marcas e pessoas. 

Para a rede social, as pessoas são apenas uma conta e um número de localização. Ou seja, são tratadas como mercadoria de troca. 

Recomendamos esses filmes e séries

Se você gostou do tema do documentário “O Dilema das Redes” e está procurando outros filmes no mesmo estilo, que nos estimulam a pensar quais são os limites referentes às redes sociais e a tecnologia, temos algumas recomendações para você. 

– A rede social: O filme conta a história de ninguém mais, ninguém menos, que Mark Zuckerberg, o criador da maior rede social do mundo, o Facebook. No filme, depois de se tornar o mais jovem bilionário da história, Zuckerberg precisa lidar com algumas complicações legais e pessoais. 

 
– AnonO longa se passa em um futuro em que a tecnologia tornou a privacidade uma ideia obsoleta. Ao decorrer da trama, um detetive tenta investigar um serial Killer que foi deletado de todas as imagens em arquivo. 

– Black MirrorEssa serie é de dar o que falar. Abordando o gênero de ficção cientifica e focada em temas obscuros e satíricos que examinam a sociedade moderna, em especial as consequências imprevistas das novas tecnologias, Black Mirror é um sucesso mundial, que nos deixa com a pulga atrás da orelha ao final de cada episódio. 

Separamos alguns episódios da série que ilustram bem as questões levantadas no documentário: 

Nosedive (1º episódio da 3ª temporada): Uma mulher desesperada para ser notada nas mídias sociais acha que tirou a sorte grande ao ser convidada para um casamento luxuoso, mas nem tudo sai como o planejado. 

Arkangel (2º episódio da 4ª temporada): Preocupada com a segurança da filha, uma mulher recorre a um dispositivo de última geração para monitorar sua localização e muitas outras coisas. 

Hang The DJ (4º episódio da 4ª temporada): Este aplicativo não só forma casais como prevê a data de validade da relação. Unidos pelo sistema, dois jovens decidem questionar sua lógica. 

Ficou curioso para ver o documentário na íntegra? Então não perca tempo. No pior dos casos, você só fica sabendo o que já sabe, somos todos viciados – fazer o que? É um mal necessário. Mas, no melhor dos casos, você começa a ver as redes sociais com um olhar mais crítico e, com um pouco de esforço e dedicação, pode até conseguir reduzir o tempo que gasta rolando seu feed.  

Estamos curiosos para saber sua opinião sobre todas essas lições. Compartilhe nos comentários qual foi sua experiencia com o documentário e até o próximo post! 

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