Nas últimas semanas, a série estreou na Netflix e cativou o público com o charme parisiense, os romances atrapalhados e aventuras profissionais de Emily. A série conta a história de Emily, uma jovem formada em marketing que trabalha em uma agência de publicidade de Chicago, nos Estados Unidos.
Ela tem uma vida confortável, o namorado dos sonhos e um emprego estável, mas tudo muda quando ela é selecionada para ser a representante da empresa e ir para Paris. A oportunidade a deslumbra, porém logo percebe que sobreviver na França trabalhando em uma agência tradicional será um desafio.
Podemos aprender uma boa dose de marketing com “Emily em Paris”. Confira!
7 lições de marketing digital de Emily em Paris
Emily enfrenta muitos desafios ao se deparar trabalhando em uma agência tradicional e com pessoas com pontos de vista e culturas diferentes. Ela encara cada trabalho como uma missão de inovar e não fazer mais do mesmo, como seus colegas estão acostumados. Veja alguns ensinamentos de marketing digital da série:
Branding: Gestão de marca é essencial
Ter uma marca estruturada com missão, visão e valores é um fator fundamental para guiar e planejar ações. Dessa forma, é possível calcular riscos de cada ação e minimizar os impactos para a imagem da marca.
Na série, Emily sugere a ideia de criar um novo champagne. No entanto, por se tratar de uma empresa sofisticada, é criada uma submarca para lançar o champagne que funciona como um “spray” para comemorações. Assim, a marca mãe não tem a imagem prejudicada e não sofre desvalorização.
Pense e ouça o público
Criar e comunicar pensando no público e suas particularidades como gostos, crenças, hábitos, cultura e opiniões, é um fator que nos auxilia a planejar campanhas de sucesso.
No seriado, um cliente que vai lançar um perfume, pergunta a Emily qual a opinião dela sobre conceito da campanha e a personagem responde que não se trata do gosto pessoal dela e sim, se a campanha está alinhada com o ponto de vista dos consumidores da marca.
Além disso, Emily sempre utiliza ferramenta de interação das redes sociais para saber a opinião e desejos dos consumidores. Este gesto envolve os clientes com a marca e com o processo de elaboração de produtos de forma participativa, construindo um vínculo.
Seguidores não definem sucesso
Emily é convidada para um evento de influenciadoras onde, logo na entrada, é preciso mostrar seu perfil do Instagram e conforme seu número de seguidores, você ganha um kit de brindes. Ela recebe o menor kit e quando questiona, o recepcionista recomenda que ela se esforce mais pra crescer.
Mesmo com apenas 20 mil seguidores, Emily realiza uma série de stories criativos e humorados durante o evento. Mais tarde, ela é chamada e recebe um convite para ser embaixadora da marca devido a grande repercussão de seus stories.
Autenticidade e inovação são a chave para influenciar
Não existe receita de bolo para o sucesso no marketing de influência. No entanto, transmitir autenticidade, demonstrar ser uma pessoa real e inovar causam destaque. E melhor: criam conexão!
Afinal, em uma rede social que muitos criam mais do mesmo, é preciso pensar em um caminho diferente. Por isso, a inovação é o combustível para crescer e criar relacionamento com seguidores.
Faça Networking
Encante pessoas pela experiência
Emily visita uma exposição de arte onde a obra “A Noite Estrelada” de Van Gogh é projetada nas paredes. Isso a inspira e ela pensa na ação de colocar uma cama em um ponto estratégico da cidade para promover a experimentação de deitar e observar as estrelas para promover um colchão. Foi uma ideia criativa que instigou a curiosidade das pessoas que circulam na região.
Uma ação de marketing de experiência fora do óbvio e praticamente irresistível. Afinal, não é todo dia que você pode deitar em céu aberto e apreciar as estrelas. Certo?!
Além disso, a experiência cria memórias afetivas por meio do olfato, paladar, tato, visão e audição. Explore os 5 sentidos em sua estratégia e desperte gatilhos mentais!
Esteja atento a tendências e novidades do seu segmento
Na Era Digital, tudo acontece muito rápido. Como profissionais de comunicação, precisamos ficar sempre atentos as novidades, tendências e acontecimentos do mercado. Temos que treinar nosso olhar para captar e identificar oportunidades enquanto elas estão quentes. E ainda, pensar rápido e executar a ideia antes que o “timing” da oportunidade esfrie, perdendo o impacto de resultados.
No seriado, a agência perdeu vários clientes por estar sempre fazendo mais do mesmo, mantendo sua criação e posicionamento na zona de conforto com argumento de que é o que vende. Emily gerenciou crises e até recuperou alguns contratos graças as suas ideias que diferenciam os clientes frente a concorrência.
Vida real de quem trabalha com marketing digital
“Emily em Paris” é uma série leve e divertida. Mas, nós da Agência Contato, temos um contraponto. Sentimos que o mercado e os profissionais de comunicação e marketing, em alguns momentos, foram desvalorizados pela protagonista ao passar a imagem de que grandes ideias surgem do nada e na velocidade da luz.
Construir projetos de comunicação levam tempo e muito, muito planejamento. Tudo é pensado e calculado, podendo levar semanas ou meses até a execução.
Outro ponto, é a banalização do marketing viral como algo fácil. Emily posta, muitas vezes, sem pensardireito e praticamente tudo viraliza. Basta uma imagem bonita, humor e duas hashtags e BOOM, sucesso. E na rotina profissional, não é bem assim. São inúmeras tentativas e muitas horas de estudo para conseguir uma publicação viral de sucesso.
Tirando esse ponto, o seriado é excelente e proporciona boas risadas. Se não assistiu, assista. Tem na Netflix!
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